O conceito de mobile first mudou a forma como as pessoas desenvolvem aplicações para o e-learning. Aprenda mais sobre o assunto.
Você sabe o que é mobile first e a importância do assunto para o e-learning? Ao projetar um curso a distância, a maioria dos designers instrucionais busca pensar em todas as maneiras que o aluno interagirá, assim como quais dispositivos serão utilizados.
Essa situação pode promover o surgimento de projetos complicados, caros e confusos. Isso porque cada sistema operacional, dispositivo e navegador têm suas especificidades.
Para ajudar a pensar em uma solução para esse problema, trazemos hoje o conceito de mobile first. Ele não apenas ajuda a sanar as questões de criar aplicações para múltiplos dispositivos, como também melhora a qualidade gráfica do e-learning. Confira!
O que é Mobile First?
Mobile first é um conceito de design em que os projetistas desenham o site primeiro para o dispositivo móvel. Dessa forma, somente em uma segunda fase a página (ou projeto) será lançada para desktop.
Segundo os defensores deste conceito, a grande vantagem do mobile first é que os sites ficam muito mais simples, agradáveis e fáceis de usar.
Por que usar Mobile First para EAD?
Certamente, há várias respostas para essa pergunta. A principal, porém, está relacionada com a escolha da melhor opção para o aprendizado do aluno.
A cada dia que passa, as pessoas estão trocando a maneira como elas acessam conteúdo on-line, migrando do desktop para o mobile. Esta não é apenas uma conveniência, mas uma preferência. Ou seja, as pessoas optam por acessar a internet por seus smartphones e deixam de lado o uso do desktop. Portanto, ao projetar o curso on-line é importante entender como esse público se relaciona com a internet.
Isso serve até mesmo para o aluno que acessará o curso no desktop. Afinal, se ele encontrar no computador as mesmas facilidades disponíveis no smartphone, a aprendizagem será de maior qualidade.
EAD mobile da Google: Google Primer
Quer um bom exemplo? O Google já atua muito bem dessa forma. O Google Primer é um aplicativo para Android e iOS que traz aulas sobre o marketing. A aplicação já conta com mais de 10 milhões de downloads na Play Store.
Este app traz aulas curtas, de cinco minutos, com interações simples e agradáveis para o usuário (contando com testes, avaliações etc.). O conteúdo fica disponível off-line. Dessa forma, quando há acesso à internet, novas lições são baixadas pelo telefone.
Além de ser um produto inovador e um grande sucesso, o dado mais surpreendente deste produto é o quanto foi investido nele. O orçamento do Google Primer era de apenas U$ 6 mil dólares na data de seu lançamento!
Desktop versus mobile: o que é melhor?
Embora o acesso mobile seja cada vez maior e as pessoas optem cada vez mais por essa nova maneira de acessar a internet, o desktop continua sendo muito usado.
O conceito de mobile first é poderoso e pode simplificar e aprimorar os cursos. Porém, isso não significa substituir o desktop por smartphones.
Confira alguns dados interessantes, disponíveis no Brasil Econômico, com relação à quantidade de uso dos dispositivos para acessar conteúdo on-line:
- Smartphone: 36%
- Notebook: 32%
- Desktop: 25%
- Tablet: 6%
Vale destacar que a ideia principal do mobile first não é produzir cursos exclusivos apenas para um canal. O objetivo é facilitar o aprendizado dos alunos.
Para isso, ao invés de criar vários projetos multidispositivos, pode-se desenvolver primeiramente pensando no que os alunos preferem, replicando posteriormente para os demais dispositivos com as adaptações necessárias.
Segundo especialistas, a tendência é que haja uma revolução na maneira como as pessoas acessam a internet, tornando-se cada vez mais mobile. E isso influenciará também o aprendizado on-line. Segundo a pesquisa realizada pela Towards Maturity, 64% dos alunos acham que acessar aulas on-line por um dispositivo móvel é útil ou essencial.
O mobile first não apenas é uma tendência. Talvez, em breve esse conceito seja essencial para o sucesso das aulas EAD. A internet móvel está mudando tudo, inclusive a maneira de aprendermos.
Portanto, podemos até mesmo prever que qualquer projeto e-learning que não leve em consideração o acesso a dispositivos móveis corre o risco de possuir uma vida útil bastante limitada.