Muitas das tendências dos últimos continuam vigentes e com ainda maior impacto nos seus indicadores. 

Isso aconteceu em função dos efeitos da pandemia, claro, mas também com a mudança de comportamento geral dos usuários, que aumentaram seu consumo de conteúdos e produtos através dos celulares.

Só a projeção do e-commerce no Brasil através dos celulares é de crescimento de US $5,2 bilhões para US $52,6 bilhões! Dez vezes maior. Mais de 72% da população brasileira comprou algo através do celular durante a pandemia, sendo que 42% compraram mais de 10 vezes! Ou seja, cada vez mais o hábito de compra através do celular se torna um novo padrão de consumo.

Outra tendência a ser destacada é o consumo de streaming através do celular, que saltou de 38% em Abril/19 para 56% em Maio/21, de acordo com a pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box – Uso de Apps no Brasil – Junho de 2021, o que indica o crescimento do protagonismo digital, com o acesso da informação relevante, no momento que for mais interessante para o seu consumo.

As chamadas em vídeo também tiveram a sua adesão em massa. Além de ouvir, queremos ver as pessoas na chamada, como e onde estão. Seja numa call de trabalho ou no happy hour com amigos e família. 92% dos brasileiros já utilizaram seu celular numa chamada. Conforme a pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box – Uso de Apps no Brasil – Junho de 2021, não há variação significativa por gênero ou classe social e o WhatsApp continua sendo o app mais popular.

O uso de dispositivos móveis avançou três anos em apenas um, quando analisamos as horas dedicadas através dos apps. De acordo com o relatório anual State of Mobile 2021, da consultoria em análise de dados App Annie, o consumo de apps cresceu 20% em 2020, chegando a US $143 bilhões de investimento. A quantidade de horas por dia, para cada usuário, aumentou em 20% (são 4,2 horas por dia), e o investimento em propaganda teve aumento de 26% (US $240 bilhões).

E o que isso tem a ver com EdTech? Absolutamente TUDO. Afinal, quando falamos de mudança de hábito de compra, estamos falando de mudança de comportamento no consumo de produtos e de informações. Apesar de ainda se mostrar uma transformação abrupta e recente, ela já foi incorporada na rotina. Por isso, todo projeto de capacitação deve contemplar o mobile como um novo e, provavelmente mais comum, padrão de consumo de projetos de educação corporativa.

Mas não poderíamos deixar de falar dos games. A mesma pesquisa mostrou que 59% dos brasileiros jogam em seus celulares. Um dado interessante é que não há diferença significativa por gênero, mas sim por classe social e por idade. Jogar no celular é mais comum nas classes C, D e E (61%) do que nas classes A e B (52%); e entre jovens de 16 a 29 anos (65%), do que no grupo de 30 a 49 anos (59%) ou com 50 anos ou mais (46%).

Confira outros destaques!

• O mercado mundial de e-learning está projetado para valer US $325 bilhões em 2025.

• O mercado de e-learning dos EUA deve crescer US $12,81 bilhões entre 2020 e 2024.

• O e-learning aumenta as taxas de retenção em 25% a 60%.

• O mercado corporativo de e-learning pode aumentar em US $38,09 bilhões entre 2020 e 2024.

• O e-learning gerou um aumento na receita de 42% das organizações dos EUA.

• Uma pesquisa com 2.500 empresas descobriu que aquelas com “programas de treinamento abrangentes” têm receita 218% maior por funcionário e margens de lucro 24% maiores.

• A IBM economizou aproximadamente US $200 milhões depois de mudar para o e-learning.