Novas abordagens para uma nova realidade. 1.6 bilhões de smartphones foram vendidos no mundo ano passado, segundo o Google.

Estamos vivendo a era das multimídias, o que influencia diretamente em como as pessoas estão absorvendo a informação. Hoje, um adulto entende e compreende 10% do conteúdo ao lê-lo, mas essa porcentagem sobe para 20% quando ouve o mesmo material. Exponencialmente, o número sobe para 30% quando é exposto de forma visual e 50% quando é estimulada a audição e a visão, ao mesmo tempo.

Assim, seguindo essa linha de raciocínio, quando um adulto vê, ouve e interage, o aprendizado é muito maior, mais rápido e mais eficiente.

Dentro desse contexto, o engajamento do usuário com o Ambiente Virtual de Aprendizagem (LMS/AVA, ou seja, a plataforma de aprendizagem) é um fator essencial. Surge então a gamificação, como estratégia para atrair os alunos e incentivar a participação nas atividades de aprendizagem. Ela representa a aplicação de características de jogos em outras atividades, como em treinamentos, por exemplo. É uma estratégia que contém várias fórmulas de sucesso: através de atividades lúdicas, estimulam o engajamento do público, aumentando a eficiência das ações educacionais.

A empresa pode, por exemplo, oferecer recompensas, promover a competição ou a colaboração entre seus funcionários… As recompensas podem ser desde simples pontuação, medalhas até prêmios virtuais ou “reais”. A Nike é uma das marcas que apostou nessa estratégia e colheu resultados favoráveis em um período relativamente rápido: a fatia de mercado da companhia aumentou quase 14% em quatro anos com a aplicação de estratégias de gamificação.

Como premiação em alguns de seus projetos, a Fábrica de Cursos, dá livros com uma dedicatória dos tutores aos alunos mais dedicados ou com melhores desempenhos, como bônus. Um dos maiores segredos dos jogos é identificar o perfil dos players, os jogadores, para estabelecer as configurações necessárias.

O sucesso de um programa de educação a distância pode ser medido pela participação dos alunos. Para que eles interajam, estejam engajados e se sintam motivados a continuar, só a qualidade do conteúdo não é suficiente. É necessário investir em outros fatores como imersão, suporte dos tutores e compartilhamento de resultados.

Uma das armas para isso é, também, adaptar-se ao contexto social e aplicar conceitos diferentes, como gamificação, jogos e simulações.

Engajamento em iniciativas de gamificação, jogos e simulações

A aplicação destes conceitos em um ambiente de educação a distância (EAD) tem gerado bons resultados. Mundialmente, as pessoas passam cerca de 3 bilhões de horas por semana jogando videogames e jogos de computador.

Ou seja, essa é uma das armas que as empresas podem adotar: gamificação, jogos e simulações são ferramentas que conseguem benefícios significativos na gestão de pessoas, criam incentivos ao aprendizado e à transmissão de conhecimentos e, ainda, conseguem obter respostas instantâneas e participações voluntárias durante os cursos.

Em suma, estas novas abordagens educacionais estão mudando o panorama da aprendizagem organizacional. Você pode estar se perguntando qual é a diferença entre gamificação e serious games e como ambos ajudam no engajamento e aprendizado no EAD. Abaixo, explicamos melhor:

Gamificação

Gamificação é a integração de características de jogo em um programa de treinamento, normalmente, baseado no mundo real, para promover uma mudança de comportamento. Gamificação é mais frequentemente usada para motivar e envolver as pessoas. Elementos de gamificação podem incluir conquistas, medalhas, níveis, recompensas, pontos e ranking como hall da fama, por exemplo.

O engajamento se dá porque os jogadores precisam alcançar um objetivo comum ou para atingir um determinado nível durante o curso. Os jogos usados no âmbito da aprendizagem a distância ajudam os alunos a ganhar experiências, reforçar as competências, ou atém mesmo aumentar seu conhecimento em determinado conteúdo. Embora os benefícios da gamificação sejam muitos, se criada de forma incorreta ou sem um bom planejamento e foco, os métodos podem não gerar grandes resultados.

Jogos

Os jogos são sistemas em que os jogadores são engajados de diversas formas para alcançar um objetivo comum ou ainda para atingir um determinado nível dentro daquele universo. Eles podem incluir uma história, regras, interatividade e até feedback. Algumas características de jogos podem incluir pontuação ou mesmo competição.

Os jogos utilizados para facilitar e reforçar a aprendizagem de conteúdo ajudam os alunos a vivenciarem experiências parecidas com a realidade, a reforçar as competências, ou a aumentar o conhecimento em determinado conteúdo.

Simulações

As simulações permitem que os alunos tenham experiências o mais próximo possível da realidade, além de ajudá-los a reforçar os conteúdos adquiridos anteriormente. Além disso, esta estratégia também é usada para a instrução complementar, para facilitar o acesso à prática ou ainda para aumentar o contato do aluno com um conteúdo específico dentro de um programa de aprendizagem.

As simulações remontam ambientes reais, de forma segura para permitir a prática e as consequências de decisões como se fossem reais.

Como começar

A primeira dica é o envolvimento de todos os interessados na implantação do programa de capacitação. É importante, também, que os colaboradores comprem a ideia e vejam o potencial que os jogos e simulações têm para solucionar necessidades corporativas, mas também de aprendizagem.

Como a implantação de gamificação e simulações demandam comprometimento, planejamento estratégico e ajustes, é preciso que os responsáveis pelo processo participem ativamente.