Para criar experiências de e-learning que ofereçam valor no mundo real, você precisa aplicar as teorias de design instrucional.
Para isso, você deve conhecer os diferentes modelos e estratégias que servirão como espinha dorsal nos seus cursos e-learning e te ajudarão a oferecer um conteúdo envolvente e motivador, facilitando a jornada do aluno em adquirir e reter novos conhecimentos.
Modelo ADDIE
A primeira ferramenta, super útil, de design instrucional para produção de e-learning que você deve ter no seu horizonte é a ADDIE.
Ela existe desde os anos 70 e aborda as cinco etapas principais de todo projeto de e-learning.
São elas:
Análise
Na fase de análise, você precisa esclarecer pelo menos duas coisas. Quem é o seu público-alvo e o que eles devem saber ou ser capazes de fazer após concluir o curso?
Design
Agora que está claro quem você treinará e quais conhecimentos eles devem adquirir, você precisa pensar no “como”.
Quais estratégias instrucionais, atividades, linguagem e recursos interativos você usará para criar uma experiência de aprendizado relevante.
Desenvolvimento
Agora é hora de colocar a mão na massa e aplicar as estratégias definidas nas etapas anteriores.
Você precisa estruturar o conteúdo, produzir imagens de apoio, vídeos e aplicar as estratégias de aprendizado descritas na fase de design.
Em seguida, reúna todo esse o conteúdo e comece a criar o curso e-learning. Essa pode ser uma fase bem desafiadora e, às vezes, longa, mas são muitas as ferramentas que poderão ajudar a tornar o seu trabalho mais rápido e fácil.
Implementação
Esta é a fase do kickoff do curso e-learning.
Pegue o seu pacote SCORM, xAPI ou qual seja a especificação que você tenha adotado no seu e-learning e suba para a sua plataforma.
São muitas as opções: nWhere, Moodle, Learning Play, Docebo, Cornerstone. Caso você ainda não tenha uma plataforma definida, há muito conteúdo interessante para ajudar a sua escolha.
Aproveite para acessar esse post bem legal sobre as Tendências EdTech para LMS e baixe o infográfico com a evolução do mercado
Mas se você preferir, confira o post para saber O que é LMS e o que ele pode fazer por você.
Avaliação
Nessa etapa é fundamental você coletar feedback dos seus alunos.
Assim, você poderá implementar as melhorias no seu e-learning, identificando o que pode ser aprimorado e o que deu certo e deve ser repetido.
Embora o ADDIE seja uma das metodologias mais usados e reconhecidos pelos IDs, é importante estar ciente de que existem outros processos.
Além disso, é fundamental que o processo seja flexível, especialmente para as mudanças e condições do mundo atual.
Existem várias metodologias disponíveis para apoiar o trabalho de design instrucional e de produção. Veja alguns exemplos: SAM, Kirkpatrick, Waterfall, teoria de Merill, taxonomia de Bloom, Agile e outros.
Qualquer que seja a metodologia escolhida, explore e pratique para aprimorar a sua aplicação e ter um entendimento mais aprofundado.
Esse conhecimento irá ajudar muito caso você tenha que mudar para uma metodologia ou processo diferente. Isso não significa que todos as metodologias sejam parecidas ou intercambiáveis, mas você pode aproveitar o conhecimento básico de cada uma, tanto para a elaboração do seu trabalho, como para usar o que considera mais interessante para você.
Aumente seu entendimento buscando aprimoramento constante sobre os conceitos e fundamentos de design instrucional. E mãos à obra!
Acompanhe os próximos posts com cada um dos 6 passos dessa jornada incrível para se tornar um designer instrucional de sucesso!