Nos últimos anos observamos algumas mudanças de paradigmas nos treinamentos das empresas.

Estas mudanças fazem com que as corporações tentem entender melhor como os funcionários estão absorvendo as informações passadas e que tipo de influência isso pode ter na tomada final de decisões. Neste post vamos ler sobre estas mudanças.

O Gartner Group previu que, em 2015, mudanças no comportamento das pessoas, na tecnologia e no meio ambiente empresarial iriam gerar três novos paradigmas de treinamento corporativo.

Pessoas

O mundo corporativo está mais familiarizado com estratégias e tecnologias avançadas. Existe uma busca pela formação baseada em tecnologia, visualmente atrativa, integrada às redes sociais e claro, que possam ser acessadas através de dispositivos móveis. Essa exigência entre alta tecnologia e aprendizagem é o motor fundamental de mudança.

O desafio agora é como atender às expectativas e às necessidades dos usuários, promovendo a mudança de comportamento de forma eficaz. Existem estratégias sofisticadas com uso de áudio, conteúdo interativo e vídeo além de outros recursos visuais, para uma simples demonstração de conceitos.

As organizações devem planejar seus orçamentos para ajustar os projetos às expectativas de seus clientes internos. Pesquisas indicam que quase 40% das empresas do segmento de serviços pretende aumentar o orçamento para atender às crescentes demandas. Na verdade, com as tecnologias e estratégias adequadas o empregador pode aumentar muito o envolvimento dos funcionários.

Tecnologia

A tecnologia deve ser um recurso usado para desenvolver a formação adequando às necessidades e às preferências do usuário. Ela precisa estar alinhada aos seus hábitos e aos fluxos de trabalho de cada um, e não o contrário.

Nos últimos anos, a tecnologia continua a crescer o que tem permitido às empresas terem acesso a um grande conjunto de ferramentas. Ela está acessível e pronta para ser usada. Não é mais um obstáculo, e sim um ótimo recurso à disposição das empresas.

Recentemente houve um aumento no uso de ferramentas para fins de aprendizagem nos dispositivos móveis. Apesar de, aparentemente, o dispositivo móvel não ser a melhor opção para treinamento, pensando basicamente na usabilidade e no conforto dos alunos, ela passa a ser um elemento fundamental de qualquer plano de aprendizagem que tenha uma grande capilaridade ou amplitude.

Os paradigmas de uso de recursos para a formação estão mudando rápido e passam a considerar novos modelos, além do EAD “formal”, como MOOCs, a aprendizagem baseada em vídeo, vídeos interativos, webinars e etc.

Negócios

O ambiente de negócios é o último ponto e um dos mais importantes. De acordo com o Gartner Group, 44% das empresas no segmento de serviços, já conseguem antecipar as suas métricas e criar indicadores de forma organizada, viabilizando que aconteçam medições. A ótima notícia destas medições é que 58% apontam que o engajamento dos funcionários está diretamente associado ao bom desempenho financeiro da empresa. 

Observando esses números positivos e crescentes, percebe-se a necessidade de reagir não apenas rápido, mas também com foco na estratégia da empresa, considerando padrões analíticos mais avançados.

Cada vez menos serão observados programas de capacitação que são medidos por emoticons (   ) ou avaliações distribuídas ao final do treinamento, perguntando sobre o coffee break.

As empresas líderes de mercado passam a desenhar projetos de capacitação alinhados, diretamente, ao seu planejamento estratégico. Também passam a ter como premissa, a definição de indicadores antecipadamente, com objetivo de medir os resultados do projeto e seu investimento.

Da mesma forma que teremos possibilidade de visão analítica sobre o projeto e investimentos, para avaliar seu resultado, também teremos condições de justificar novos investimentos e novos projetos.

Será possível, cada vez mais, comprovar os benefícios da capacitação dos colaboradores e o quanto isso reflete, diretamente, no resultado da empresa, quando for possível apresentar estatísticas que comprovem esta afirmação e não apenas estudos sobre o tema. Será possível levar os resultados aos gestores e constatar o quanto as iniciativas de capacitação são cada vez mais a chave do sucesso para as empresas.

Os números poderão indicar que os programas de capacitação não são apenas o gatilho de mudança comportamental, mas também o grande diferencial para melhoria do desempenho operacional das empresas.