O e-learning desempenha um papel importante para a área de T&D das equipes de RH. Para entender melhor sobre o assunto, é fundamental lembrar que pessoas motivadas, criativas, proativas fazem muita diferença para os resultados de uma empresa. 

Por sua vez, a área de T&D do RH está voltada para cuidar das equipes. Em resumo: atua para que os colaboradores estejam sempre focados em ter o melhor desempenho. 

Mas para que as ações apresentem os resultados desejados, esse trabalho precisa estar alinhado com a estratégia da companhia. Conquistar essa relevância nas companhias, porém, exige a comprovação de resultados. Afinal, os líderes precisam entender que essas iniciativas são benéficas para o negócio.

E como fazer essa verificação e mensurar os resultados? É aqui que entram as informações do e-learning, comprovando sua eficiência para os negócios.

E-learning e a área de T&D

Com o auxílio da tecnologia, o e-learning consegue facilmente mensurar os resultados das ações adotadas. De acordo com a 12ª edição da pesquisa O Panorama do Treinamento no Brasil, da ABTD, as empresas adotam estratégias diferentes orientando as avaliações dos treinamentos. 

Entre os resultados do estudo, destacamos: 

• 79% fazem a avaliação de reação, onde o aluno avalia a qualidade e aplicabilidade do curso;

• 28% têm avaliação de aprendizado, que verifica se o aluno aprendeu, se houve ganho de conhecimento;

• 12% dos projetos avaliam se o profissional aplicou o conhecimento;

• 5% têm avaliação de qual foi o impacto no negócio;

• 2% avaliam se houve retorno sobre o investimento.

Entenda melhor cada uma delas

Mas o que esses resultados realmente significam para o e-learning? Para entender isso, o melhor a fazer é conhecer os detalhes.

No modelo de avaliação de reação verifica-se como foi a experiência de aprendizagem dos colaboradores e qual a percepção dos participantes sobre o que aprenderam. Em resumo: verificam se os conteúdos são úteis e se aplicam ao trabalho que exercem.

Já na avaliação de aprendizagem é possível identificar se os objetivos traçados foram alcançados. Além disso, verifica se o treinamento contribuiu para os colaboradores adquirirem novos conhecimentos e/ou habilidades.

Por sua vez, a avaliação de comportamento está voltada para a rotina de trabalho. A proposta é identificar se os colaboradores estão aplicando na prática o que aprenderam.

Por fim, na avaliação de negócio analisa-se a contribuição do treinamento para os resultados da empresa. E, para que seja consistente, tem que ser baseada nos indicadores de T&D. 

E quais são esses indicadores? Aqui estão alguns deles: faturamento (per capita), quantidade de projetos, melhorias ou inovações (decorrentes do treinamento), produtividade, atender normas, vendas, melhoria de processos, retenção (redução do turnover), clima organizacional, absenteísmo, reflexo na avaliação de desempenho, reflexo na avaliação de competências, cumprimento do plano de treinamento (horas previstas de treinamento), satisfação do cliente, qualidade da liderança e aplicabilidade (percepção do gestor).

Conclusão

Dessa relação, a pesquisa destaca como o “clima organizacional” é o indicador mais utilizado pelas equipes de T&D de todos os setores. Isso demonstra a importância da satisfação do colaborador na empresa, seguido pelos indicadores “melhoria de processos”, “projetos de melhoria e inovação” e “avaliação de desempenho”.

É crescente o número de empresas que adotam indicadores de efetividade para avaliar suas práticas de treinamentos por reconhecerem sua importância. Tanto que, atualmente, apenas 8% não utilizam a solução.

Apesar da eficiência, algumas empresas ainda resistem. Isso porque avaliar exige tempo e verba. 

Para quem realmente busca resultados significativos, é importante entender que essa ação é fundamental para verificar a qualidade do trabalho, encontrar e comprovar sua relevância, além de ser a melhor forma de ajustar os projetos.