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As 10 habilidades que você precisará ter daqui pra frente

As 10 habilidades que você precisará ter daqui pra frente

Desenvolver novas habilidades faz cada vez mais sentido para quem deseja se encaixar no novo cenário. Carros com tecnologia de condução automática, inteligência artificial e computação quântica deixaram de ser fantasias de autores de ficção científica ou diretores de Hollywood. Essa é a realidade do nosso futuro que, aliás, já chegou!

 

O Fórum Econômico Mundial afirma que estamos à beira da 4ª Revolução Industrial (ou Indústria 4.0). Certamente, você não precisa ter assistido aos filmes Blade Runner, de Ridley Scott, ou Inteligência Artificial, de Steven Spielberg, para saber que a próxima revolução mudará tudo.

Habilidades necessárias

 

Por isso, ao olharmos para o futuro, nós fazemos a seguinte pergunta: quais habilidades precisaremos ter para prosperar nesse admirável mundo novo? Após pesquisa realizada com os principais executivos de RH em algumas empresas líderes mundiais, o Fórum Econômico Mundial divulgou o relatório “O Futuro dos Empregos apresentando as 10 principais habilidades que você precisará ter”.

 

Quer saber como se preparar para essa nova fase? Então aperte o cinto no Delorean e acelere esse capacitor de fluxo. Vamos ver o arsenal de habilidades que o futuro exigirá de nós!

10. Flexibilidade cognitiva

 

Flexibilidade cognitiva resume-se basicamente a ser um ginasta mental. Se você pensar no seu cérebro como um pódio para um ginasta e imaginar todos os diferentes aparatos (por exemplo, os anéis, as barras paralelas e a trave olímpica) como as diversas formas de pensar (por exemplo, pensamento criativo, matemático, crítico etc.), a flexibilidade cognitiva refere-se ao quão rápida e facilmente você pode se balançar, pular e girar para frente e para trás entre os diferentes sistemas de pensamento.

Portanto, quanto mais flexível você for, mais facilidade terá para ver novos padrões e fazer associações únicas entre diferentes ideias. Isso, certamente, lança uma nova luz sobre o conceito de ter uma mente “ágil”!

 

Mas então como flexionamos nossos músculos cognitivos para desenvolver essa habilidade? Aprendendo coisas novas e, em especial, aprendendo novas formas de pensar. 

 

Se você “não é do tipo criativo”, vá à luta para aprender um instrumento musical, começar a dançar hip-hop ou experimentar uma aula de arte. E se sua alma é criativa, mas sua visão fica turva quando ouve palavras como “mercados financeiros” ou “a economia”, faça com que seja sua missão ler o The Economist ou o The American Economic Review.

 

Amplie seus interesses, faça leituras fora de sua zona de conforto e conviva com pessoas que desafiem suas visões de mundo. Sua carreira (e seu cérebro) agradecerá.

9. Negociação

Com os robôs se infiltrando na força de trabalho e a automação de tarefas sendo sinalizada como cada vez mais comum, no futuro, as habilidades sociais serão mais importantes do que nunca.

 

Por que isso será necessário? Porque somos muito melhores em interação social e negociações do que os robôs (pelo menos por enquanto). Em breve, será necessário que até mesmo pessoas em profissões puramente técnicas apresentem habilidades interpessoais mais fortes. 

 

Portanto, ser capaz de negociar com seus colegas, gerentes, clientes e equipes estará no topo da lista das habilidades desejáveis.

8. Orientação a serviços

 

Definida como a capacidade de “procurar ativamente formas de ajudar as pessoas”, ter grande competência de orientação a serviços é colocar o holofote nos consumidores. Isso permite antecipar quais serão suas necessidades no futuro.
Conforme aponta o relatório do FEM, os negócios nos setores de energia, serviços financeiros e TI estão “sendo cada vez mais confrontados com novas preocupações de consumidores em relação a questões como pegadas de carbono, segurança alimentar, padrões trabalhistas e privacidade”.

 

Sob a perspectiva das habilidades, isso significa que as empresas “precisarão aprender a antecipar mais rapidamente os novos valores dos consumidores, traduzi-los em ofertas de produtos e se tornar cada vez mais informadas acerca dos processos envolvidos na satisfação dessas demandas”.

 

Dominar a orientação a serviços envolve entrar nas mentes dos usuários e pensar sobre o que eles valorizam, temem e não gostam. Além disso, tem ligação com desenvolver novos produtos ou adaptar serviços para preparar sua empresa ou marca para o futuro.

Mas como você pode melhorar suas habilidades de tomada de decisões imediatamente? Comece a se sentir bem mais confiante com os dados.

 

Primeiro, descubra quais perguntas ou problemas você deseja solucionar. Em seguida, reserve tempo para explorar novas ferramentas de dados e tecnologias que possam ajudá-lo a coletar essas informações.
Ao conquistar essas duas habilidades, você desejará tornar o Excel seu melhor amigo, aprender como manipular os dados e extrair deles tudo o que valer a pena!

7. Julgamento e tomada de decisão

 

A capacidade para fazer julgamentos com discernimento e a habilidade para tomar decisões firmes ganham uma grande importância nesta lista. Isso não surpreende, considerando o grande volume de dados que as organizações podem acumular atualmente.

 

Além disso, existe a crescente necessidade por funcionários capazes de filtrar os números, proporcionar percepções importantes e usar o grande banco de dados para comunicar estratégias e decisões de negócios.

6. Inteligência emocional

 

“De forma geral, as habilidades sociais — como persuasão, inteligência emocional e habilidade para ensinar os outros — serão as mais requisitadas em todas as indústrias” do futuro. Essa foi a resposta esmagadora recebida de executivos de RH e estrategistas de empresas com relação às qualificações desejáveis.

 

Coautor de Emotional Intelligence 2.0, Travis Bradberry explica que a inteligência emocional “é o outro tipo de inteligência”. É aquele “algo mais” intangível que nos ajuda a sintonizar o caleidoscópio das emoções humanas e que pondera o quanto somos capazes de adaptar nosso comportamento de acordo com o humor de um colega, parceiro, membro da família ou mesmo nossos próprios sentimentos internos.

 

A inteligência emocional literalmente informa cada interação que temos. Como Bradberry explica em um artigo para a Forbes, “ela afeta como administramos comportamentos, navegamos nas complexidades sociais e tomamos decisões pessoais capazes de gerar resultados positivos”.

 

Portanto, torna-se uma habilidade social particularmente importante para gerentes e líderes. Certamente, você ficará feliz em saber que pode impulsionar seu QE (quociente emocional)!

5. Coordenação com os outros

 

As habilidades sociais se destacam na lista. Com isso, apontam para a forte tendência de as empresas colocarem mais ênfase em habilidades interpessoais marcantes e funcionários que se relacionam bem com os outros.

 

A colaboração é essencial em qualquer ambiente de trabalho. Nisso, felizmente, os humanos ainda são melhores do que os robôs!
“A interação humana no local de trabalho envolve produção em equipe, de forma que os trabalhadores aproveitem os pontos fortes uns dos outros e se adaptem de forma flexível às mudanças de circunstâncias”, explica o relatório do FEM. “Essa interação não rotineira é o cerne da vantagem humana em relação às máquinas”.

 

Interagir com os outros envolve excelente capacidade de comunicação, uma percepção dos pontos fortes e fracos de outras pessoas. Além disso, exige ser capaz de trabalhar com uma variedade de personalidades diferentes.

4. Gestão de pessoas

 

Independentemente de quantos empregos se tornem automatizados e do quão avançada fique a inteligência artificial, os funcionários sempre serão o recurso mais valioso de uma empresa.

 

Isso porque os seres humanos são mais criativos, sabem compreender melhor uns aos outros e são capazes de complementar as ideias e a energia uns dos outros.

 

Mas por sermos humanos também ficamos doentes, desmotivados e distraídos. Por isso, é vital que, no futuro, gerentes e líderes saibam motivar suas equipes, maximizar sua produtividade e atender às suas necessidades.

 

Ser um grande gerente tem muito a ver com inteligência emocional, saber delegar e desenvolver seu próprio estilo de gerenciamento.

É possível prever que a criatividade se torne uma habilidade fundamental no futuro. Portanto, antes de se considerar uma pessoa “não criativa”, lembre-se de que a criatividade não é de domínio exclusivo de pessoas artísticas, como músicos e escritores.

 

Se você consegue conectar os pontos utilizando informações aparentemente díspares e unir todas as ideias para apresentar algo “novo”, então você é uma pessoa criativa.

 

O problema do processo criativo é sua natureza inerente de “não processo”. Simplesmente não existe uma maneira única de resolver algo de forma criativa. Ao afirmar isso, existem maneiras de liberar o lado criativo que existe em você, exercitando regularmente a curiosidade e a auto expressão.

 

Algumas outras coisas que você pode fazer incluem dar a si mesmo tempo para deixar seus pensamentos vagarem (é por isso que algumas de nossas melhores ideias surgem no chuveiro).

 

Essa lista conta ainda com criar o hábito de sentar e produzir um trabalho quando você está com sono (porque quando seu cérebro está menos focado, fica menos inibido) e usar suas limitações como ponto de partida para a criatividade!

3. Criatividade

 

Como escritor sênior do Fórum Econômico Mundial, Alex Gray explica: “Com a avalanche de novos produtos, tecnologias e formas de trabalho, os funcionários terão de se tornar mais criativos para se beneficiar de tais mudanças”.

Com isso, “os robôs podem nos ajudar a chegar aonde queremos nos tornar mais rápidos, mas eles não podem ser tão criativos quanto os humanos (ainda)”.

2. Pensamento crítico

 

De acordo com a pesquisa, ser uma pessoa que pensa de forma crítica ainda será uma qualificação valorizada nos próximos quatro anos. Mas o que o pensamento crítico realmente envolve? A resposta é: lógica e raciocínio.

 

O pensamento crítico envolve a capacidade de usar a lógica e o raciocínio para analisar uma questão ou problema, considerar várias soluções para o problema e avaliar os prós e contras de cada abordagem.

1 Resolução de problemas complexos

 

No topo da lista está a capacidade de resolução de problemas complexos. Ela é definida pelo relatório como a capacidade de “resolver problemas inéditos e mal definidos em contextos complexos e do mundo real”.

 

Afinal, o que isso quer dizer? Em síntese, trata-se ter a elasticidade mental para resolver problemas que nunca vimos antes, além de sermos capazes de resolvê-los em um panorama que se modifica a uma velocidade vertiginosa e que se torna mais complexo a cada minuto!

Em um mundo repleto do que os economistas descrevem como problemas “perversos” — problemas que não são “maus”, mas são considerados perversos porque são quase impossíveis de se resolver devido a condições incompletas, contraditórias ou em evolução permanente (pense em mudanças climáticas, pobreza ou terrorismo) — os solucionadores de problemas complexos estarão em alta demanda.

 

Segundo informações do relatório, “nossos entrevistados estimam que mais de um terço (36%) de todos os empregos em todos os setores exija a resolução de problemas complexos como uma de suas principais habilidades”.

 

Mas não se preocupe! Isso não significa que você terá de solucionar os problemas do mundo. Ter grande competência para a resolução de situações complexas é ser capaz de enxergar o quadro geral, focar em detalhes minuciosos e mudar as coisas de lugar para fazer a diferença.

 

Felizmente, essa não é uma habilidade com a qual alguém nasce. É algo que se aperfeiçoa com o tempo e se constrói sobre uma base sólida de pensamentos críticos e laterais.

 

Então, como você adquire este “Santo Graal” de todas as habilidades? De acordo com alguns estudos, as habilidades de resolução de problemas podem ser aprimoradas jogando muitos videogames!

 

Como o nosso mundo e a força de trabalho continuam a evoluir rapidamente, fica claro que todos precisamos nos desenvolver conjuntamente se quisermos nos manter atualizados com as mudanças. Como Doc Emmett Brown retratou em De Volta para o Futuro: “Para onde estamos indo, não precisamos de estradas!”.

 

Mas você talvez precise de um roteiro! Então, equipe-se com essas 10 habilidades para preparar sua carreira para o futuro.

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